Insurreição Pernambucana (1645 - 1654) - Resumo

Insurreição Pernambucana  e o nascimento do Exército Brasileiro

A Insurreição Pernambucana, chamada também de Guerra da Luz Divina, ocorreu entre os anos de 1645 e 1654. Foi a luta para expulsar os holandeses do Nordeste e também foi a primeira manifestação do nativismo naquela Região, onde participaram os representantes das três raças que formaram o povo brasileiro.

Como aconteceu a Insurreição Pernambucana?

Os portugueses não estavam satisfeitos com as cobranças intensas de impostos e empréstimos feitos pelos senhores de engenhos de origem portuguesa aos banqueiros holandeses e a Companhia das Índias Ocidentais.

Outra insatisfação também que gerava uma rivalidade, era a religião. Muitos dos holandeses eram judeus e protestantes, já os portugueses eram católicos.

Percebe-se, que nem todos os que lutavam na Insurreição eram motivados por sentimentos nativistas. Ao contrário, à frente do movimento estava senhores de engenho que tinham colaborado com os invasores e contraído elevadas dívidas com a Companhia das Índias Ocidentais. Com a divisa - Deus e Liberdade, os rebeldes tinham o propósito de também atrair para a luta os católicos mais fervorosos, que relutavam em aceitar a dominação dos protestantes. No primeiro combate, o do Monte das Tabocas (em 1645), os pernambucanos foram vencedores e puderam tomar Olinda. 

Mas os confrontos mais importantes ocorreram nos Montes Guararapes - o primeiro ocorreu em 19 de abril de 1648, e o segundo, no ano seguinte, ambos com a vitória dos pernambucanos. 

Finalmente, em 1654, chegou ao Recife uma grande esquadra portuguesa. Cercados por terra e por mar, os holandeses assinaram a rendição da Campina do Taborda.

Em 1661, pela Paz de Haia, Portugal concordava em pagar a indenização de quatro milhões de cruzados para os holandeses desistirem definitivamente da posse de terras brasileiras. 

Principais autores do movimento

- o português - João Fernandes Vieira, chefe da Insurreição;
-  o Paraibano - André Vidal de Negreiros;
- o Índio - Antônio Filipe Camarão; e
- o negro - Henrique Dias.

Agora vamos ver o papel de cada um deles.

- João Fernandes Vieira (o Português): é considerado o chefe da Insurreição, o principal “nome” da reconquista de Pernambuco. João Fernandes Vieira, Senhor de Engenho português, era um mulato que veio para o Brasil com apenas 10 anos de idade. João Fernandes Vieira foi o comandante do poderoso terço do Exército Patriota nas duas batalhas dos Guararapes. Foi aclamado o Chefe Supremo da Revolução e Governador da Guerra da Liberdade e da Restauração Pernambucana.

- André Vidal de Negreiros: oriundo da Paraíba, ele arranjou muitos recursos e homens do sertão do nordeste e os influenciou a lutar ao lado dos luso-brasileiros. Foi um dos maiores soldados da época, lutou bravamente contra os holandeses. André Vidal de Negreiros acabou comandando um dos terços do Exército nas batalhas dos Guararapes. 

- Filipe Camarão (o índio Poti): fazia parte da tribo potiguara, comandando a sua tribo, planejou com seus guerreiros várias ações importantes para que os invasores não pudessem avançar. Foi grande destaque nas batalhas: São Lourenço, Porto Calvo e Mata Redonda. 

- Henrique Dias (o negro): filho de escravos, era um brasileiro que ficou conhecido como “Governador da Gente preta”. Ele fez o recrutamento de ex-escravos e no papel de mestre-de-campo foi o comandante do Terço de Homens Pretos e Mulatos do Exército em duas das batalhas dos Guararapes. 

Além desses lideres, também teve o papel destacado na Insurreição Antonio Dias Cardoso, ele foi o comandante de um pequeno efetivo que foram vencedores da batalha dos Montes das Tabocas lutando contra uma tropa bem maior, tal tropa tinha como líder Maurício de Nassau. 

Conclusão

A expulsão dos holandeses do Brasil trouxe duras consequências para a economia colonial. Ao se estabelecerem nas Antilhas os holandeses quebraram o monopólio de produção do açúcar que por um século pertencera aos portugueses. Com técnicas mais evoluídas de cultivo da cana e produção do açúcar, muito mais capacitados na sua comercialização e uma mentalidade bastante influenciada pelo capitalismo comercial, os holandeses venceram a concorrência com os luso-brasileiros.


EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01.  Filipe Camarão (índio Poti) foi um dos lideres do movimento chamado 

a) Inconfidência Mineira; 
b) Inconfidência Baiana; 
c) Insurreição Pernambucana; 
d) Revolução Liberal; 
e) Guerra do Farrapos.

02. (ESA) Os movimentos nativista no Brasil-Colônia fizeram com que surgisse um sentimento nacional à medida que os conflitos com a metrópole portuguesa foram se agravando. O primeiro movimento que caracterizou bem este sentimento nacional foi o(a):  

a) Insurreição Pernambucana  
b) Guerra dos Mascates  
c) Revolta de Vila Rica   
d) Inconfidência Mineira  
e) Conjuração Baiana 

03. (ESA) As duas batalhas dos Guararapes, travadas em 1648 e 1649, resultaram em vitórias das forças  luso-brasileiras e contribuíram para apressar o término da ocupação dos:  

a) franceses no Maranhão  
b) franceses no Rio de Janeiro  
c) holandeses em Salvador  
d) holandeses em Pernambuco 
e) espanhóis no Sul do Brasil

04. (ESA) As batalhas dos Guararapes (1648 e 1649) marcaram a vitória da Insurreição Pernambucana, que levou à expulsão do território brasileiro os invasores

a) ingleses
b) franceses
c) holandeses
d) portugueses
e) espanhóis


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Respostas:
01 - C
02 - A
03 - D
04 - C


2 comentários:

  1. (ESA) A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento que pode ser caracterizado como:

    (A) Ter contado coma participação de portugueses e espanhóis na luta contra holandeses.
    (B) Ter sido um movimento que não sofreu influência dos ideais de liberdade surgidos na Independência dos Estados Unidos da América.
    (C) um movimento que provocou descontentamento entre os portugueses por causa da contenção de despesas de D. João VI, que não concedeu privilégios aos próprios portugueses.
    (D) o único movimento em que os revoltosos não instalaram um governo provisório e nem defenderam o ideal republicano.
    (E) o movimento que contribuiu decisivamente no processo de independência política do Brasil.

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