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A RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE MATEMÁTICA NÃO PERDERÃO A QUALIDADE QUANDO ACESSADAS NO COMPUTADOR/NOTEBOOK.
Fazer questões para concurso é uma das estratégias mais eficazes para quem quer realmente aprender e passar. Eis os principais motivos: ✅ 1. Você entende como a banca cobra o conteúdo. Cada banca tem um estilo. Fazendo questões, você aprende: nível de dificuldade; pegadinhas mais comuns; forma de interpretar o enunciado. ✅ 2. Melhora a fixação do conteúdo. Responder questões obriga o cérebro a resgatar informações, o que fortalece a memória muito mais do que apenas ler ou assistir aula. ✅ 3. Identifica suas falhas. Ao errar uma questão, você descobre exatamente: quais assuntos não domina; o que precisa revisar; onde está perdendo pontos. Isso deixa o estudo mais estratégico. ✅ 4. Aumenta a velocidade e a precisão. Concursos têm tempo limitado. Treinar com questões te ajuda a: responder mais rápido; ganhar confiança; evitar travar na prova. ✅ 5. Adapta o seu cérebro ao “modo prova”. Quanto mais familiaridade você tem com o formato de prova, menos ansiedade e mais foco você terá no dia oficial. ✅ 6. Serve como revisão prática. Cada bateria de questões revisa automaticamente tudo o que você já estudou, reforçando o aprendizado.

(UNIFESP) - QUESTÕES

As questões de números 01 a 03 baseiam-se no texto de Mário de Andrade.

      É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu engraxate me deixou.
    Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. Então me inquietei, não sei que doenças mortíferas, que mudança pra outras portas se passaram em mim, resolvi perguntar ao menino que trabalhava na outra cadeira. O menino é um retalho de hungarês, cara de infeliz, não dá simpatia alguma. E tímido, o que torna instintivamente a gente muito combinado com o universo no propósito de desgraçar esses desgraçados de nascença. “Está vendendo bilhete de loteria”, respondeu antipático, me deixando numa perplexidade penosíssima: pronto! Estava sem engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque sou um dos que ficam fregueses e dão gorjeta. Levei seguramente um minuto pra definir que tinha de continuar engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um menino que, a gente ensinando, podia ficar engraxate bom. (Mário de Andrade, Os Filhos da Candinha.)

(01. QUESTÃO) - A desolação por que passa o narrador resulta 
(A) do sumiço do engraxate, por quem o narrador, ao valer-se dos serviços, criara certa afeição. 
(B) da ausência do engraxate, de cujos serviços, mesmo precários, aquele se valia. 
(C) da presença do menino hungarês, pouco aberto ao diálogo, em substituição obrigatória ao antigo engraxate. 
(D) do sumiço do engraxate com quem ele evitava a todo custo criar laços afetivos. 
(E) da necessidade dos serviços do tímido menino hungarês, que certamente não chegaria a ser bom engraxate.

(02. QUESTÃO) - A timidez do engraxate despertava no narrador um sentimento de 
(A) pena dele e daqueles que, como ele, também viviam mal. 
(B) repulsa por ele e pelos de sua condição de malnascido. 
(C) enternecimento por ele e pelos malnascidos, por sua natural infelicidade. 
(D) distanciamento dele e daqueles que o viam com interesse. 
(E) indignação com ele e com aqueles que pouco faziam para progredir.

(03. QUESTÃO) - É correto afirmar que 
(A) o narrador ficou sem engraxate, mas queria encontrar o menino para agradecer pelos bons serviços que recebera. 
(B) o menino hungarês é antipático, pois se refere, com ironia, ao outro que, um dia, já esteve trabalhando ao seu lado como engraxate, prestando serviços ao narrador. 
(C) a possibilidade de ficar definitivamente sem seu engraxate, que poderia lograr êxito no novo emprego, perturbava demais o narrador. 
(D) o espírito generoso do narrador com o engraxate, ficando freguês e dando gorjetas, não foi suficiente para evitar ser maltratado pelo menino. 
(E) a forma dissimulada como o menino hungarês trata o narrador naquele momento difícil mostra-o como se estivesse se divertindo com a situação.


(01. QUESTÃO) - A
O desaparecimento do engraxate desola e inquieta o narrador, como se evidencia claramente no início do texto. (Note-se que a alternativa de resposta não está redigida com precisão, pois o termo "serviços" demandaria o adjunto "dele" para não ficar indeterminado, como que "solto" na frase. É verdade que o contexto não dá ensejo a confusão, mas uma mínima exigência de elegância e atenção ao espírito da língua aconselharia uma redação menos relaxada.)

(02. QUESTÃO) - B
A antipatia que a timidez do menino desperta no narrador é tão intensa que o leva a sentir-se solidário do estado de coisas ("universo") que determina a "desgraça" do engraxate e de pessoas a ele semelhantes.

(03. QUESTÃO) - C
O narrador não poderá mais contar com os serviços de seu antigo engraxate, pois, segundo o menino, o engraxate deixou esse trabalho e tornou-se vendedor de bilhetes de loteria. Isso deixa o narrador abalado.

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