Uma vez determinado e conhecido o fim, o gênero se apresenta naturalmente. Até aqui, como só se procurava fazer uma obra segundo a Arte, imitar era o meio indicado: fingida era a inspiração, e artificial o entusiasmo. Desprezavam os poetas a consideração se a Mitologia podia, ou não, influir sobre nós. Contanto que dissessem que as Musas do Hélicon os inspiravam, que Febo guiava seu carro puxado pela quadriga, que a Aurora abria as portas do Oriente com seus dedos de rosas, e outras tais e quejandas imagens tão usadas, cuidavam que tudo tinham feito, e que com Homero emparelhavam; como se pudesse parecer belo quem achasse algum velho manto grego, e com ele se cobrisse! Antigos e safados ornamentos, de que todos se servem, a ninguém honram.
(GONÇALVES DE MAGALHÃES. “Suspiros poéticos e saudades” In CANDIDO, Antônio e CASTELLO, J. Aderaldo. Presença da literatura brasileira. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFEL, 1976, p. 219.)
O fragmento escolhido do prefácio de Suspiros poéticos e saudades contém uma crítica à escola:
Ⓐ árcade.
Ⓑ parnasiana.
Ⓒ simbolista.
Ⓓ romântica.
Ⓔ barroca.
A crítica presente no fragmento escolhido do prefácio de Suspiros poéticos e saudades se direciona ao Arcadismo.
A obra Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães, foi a obra que inaugurou o Romantismo no Brasil.
O Romantismo surge logo após o Arcadismo e nega, naturalmente, alguns de seus valores. O Romantismo valorizava uma arte espontânea, livre, subjetiva, pautada nas emoções, como uma reação ao Arcadismo (Neoclassicismo).
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