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Sobre os Cursos de Formação e Graduação de Sargentos da ESA

Os Cursos de Formação e Graduação de Sargentos (CFGS) são realizados em aproximadamente 24 (vinte e quatro) meses. O primeiro ano do CFGS é desenvolvido em uma das 13 (treze) Unidades Escolares Tecnológicas do Exército (UETEs), espalhadas pelo território nacional. O segundo ano de formação será realizado na Escola de Sargentos das Armas (ESA), Escola de Sargentos de Logística (EsLog) ou no Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx) de acordo com a especialidade escolhida.

Primeiro Reinado (1822-1831) - Resumo

Dom Pedro I, Imperador do Brasil entre 1822 e 1831.
O Primeiro Reinado é o nome dado ao período da história brasileira em que Pedro I do Brasil governou o Brasil como Imperador, entre 7 de setembro de 1822, data em que proclamou a independência do Brasil, e 7 de abril de 1831, quando abdicou do trono brasileiro.

Este período caracterizou-se por ser de transição, marcado por uma grande crise econômico-financeira, social e política. A efetiva consolidação da independência do Brasil ocorreria a partir de 1831, com a abdicação de D. Pedro I. É historicamente incorreto referir-se a este período como "primeiro império", já que o Brasil teve um único período imperial contínuo, dividido em primeiro reinado, período regencial e segundo reinado.

➤ Principais acontecimentos

A primeira constituição do Brasil foi elaborada em 1823, mas como ela limitava os poderes do imperador, D. Pedro I mandou fazer uma nova constituição, a qual foi outorgada em 1824. Nesta, o centralizador e autoritário imperador detinha os poderes legislativo, executivo e judiciário nas suas mãos.

A Constituinte assumiu suas funções em maio de 1823, e a elaboração da Constituição gerou desentendimentos profundos entre os deputados e D. Pedro I. O grande debate era acerca do alcance dos poderes políticos do imperador. Os constituintes queriam que os poderes do imperador fossem limitados e que ele não tivesse a permissão de dissolver a Constituinte quando bem entendesse. Essa postura dos constituintes, de procurar limitar o poder real, naturalmente, gerou insatisfação em D. Pedro I, que defendia que seu poder fosse centralizador e autoritário sobre a nação.

Essa disputa entre os constituintes e o imperador resultou em um evento conhecido como Noite da Agonia. No dia 12 de novembro de 1823, por ordens de D. Pedro I, militares invadiram a Assembleia Constituinte e prenderam os deputadores opositores do imperador. Com isso, a constituição que havia sido elaborada foi barrada por D. Pedro I.

Essa medida de D. Pedro I aconteceu porque, em setembro do mesmo ano, a Constituinte havia finalizado a elaboração da constituição que, além de possuir um caráter liberal, também limitava os poderes reais. A partir da prisão de seus opositores e da impugnação desse documento, D. Pedro I formou um Conselho de Estado e passou a elaborar uma constituição que lhe agradasse.

A constituição elaborada por D. Pedro I e seu conselho foi outorgada, isto é, foi imposta por vontade do imperador no dia 25 de março de 1824. Portanto, a primeira constituição brasileira foi produto do autoritarismo e definida de cima para baixo. Esse conjunto de regras também possuía alguns princípios liberais, porém dava poderes irrestritos ao imperador brasileiro.

➧ A Constituição de 1824 tinha como principais fundamentos estabelecidos:

Existência de quatro poderes: o executivo, legislativo, judiciário e o poder moderador. O poder moderador representava unicamente a figura do imperador e cedia-lhe direitos políticos plenos.
O imperador foi considerada figura sagrada e inviolável.
Forma de governo escolhida foi a monarquia, com a transmissão do poder feita de maneira hereditária.
As eleições foram estabelecidas como indiretas, e o direito ao voto era censitário, ou seja, foram estabelecidos critérios de renda para determinar quem teria direito ao voto. Além desses critérios, foi estabelecido que somente homens livres e com mais de 25 anos poderiam votar.
A constituição também garantiu alguns direitos individuais importantes, como tolerância religiosa (foi permitido o culto privado a outras religiões que não fossem o catolicismo), proteção à propriedade privada, etc.

➧ Confederação do Equador

Em 1824, declara guerra ao governo a Confederação do Equador, movimento formado por algumas províncias do Nordeste, que estavam descontentes com a instabilidade política do país. O objetivo era alcançar a autonomia, se separando do Brasil, mas as províncias fracassaram nessa tentativa.

➧ A Guerra da Cisplatina

A Guerra da Cisplatina, em 1825, é outro acontecimento que marcou esse período e consolidou o desagrado ao imperador. Nesta guerra, o Uruguai se torna independente do Brasil.

A “Guerra da Cisplatina” ou “Guerra del Brasil” (como é conhecida fora do Brasil) foi um confronto armado ocorrido entre 1825 a 1828, envolvendo o Império do Brasil, as Províncias Unidas do Rio da Prata e os habitantes da Província Cisplatina pelo controle regional do atual Uruguai.
Com exceção as batalhas de Sarandi (outubro de 1825) e de Passo do Rosário (janeiro de 1827), nas quais as forças imperiais foram derrotadas, a maior parte das batalhas não passaram de escaramuças sem grandes resultados.

➥ Poder Moderador instituídos pela Constituição Brasileira de 1824

O Poder Moderador é um dos quatro poderes de Estado instituídos pela Constituição Brasileira de 1824 e pela Carta Constitucional portuguesa de 1826, ambas saídas do punho do soberano D. Pedro de Alcântara, imperador do Brasil e rei de Portugal. O Poder Moderador é o que se sobrepõe aos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, cabendo ao seu detentor força coativa sobre os demais.

Construção idealizada pelo francês Benjamin Constant, pregava a existência de cinco poderes: o poder real, poder executivo, poder representativo da continuidade, poder representativo da opinião e poder de julgar. Da forma como foi concebido, situa-se hierarquicamente acima dos demais poderes do Estado.

Esse poder era pessoal e privativo do imperador, assessorado por um Conselho de Estado. D. Pedro I (e mais tarde seu filho D. Pedro II) era o detentor exclusivo e privativo, com a atribuição de nomear e demitir livremente os ministros de Estado, já como chefe do Poder Executivo, exercitando este último poder através de seus ministros de Estado, os mesmos a quem, como Poder Moderador, nomeava e demitia livremente. Em 1846 houve instalação do parlamentarismo diminuindo assim o poder Moderador

➤ Economia do Primeiro Reinado: crise

O Brasil comercializava produtos cujo preço e exportação estavam a cair, tais como algodão, açúcar e tabaco.

A comercialização do café, por usa vez, começava a se expandir. Contudo, o desenvolvimento do “ouro preto” como era chamado, não foi suficiente para evitar a crise econômica dessa época.

Os gastos com os conflitos, especialmente com a Guerra da Cisplatina, são tão elevados que, em conjunto com outros fatores, tal como a dificuldade em cobrar os impostos, propiciam a crise financeira.

➤ Fim do Primeiro Reinado : Abdicação de D. Pedro I

Todos os acontecimentos do período consolidaram o descontentamento da população com o governo do imperador. Para além dos acima citados, o receio de que o assassinato de um jornalista Líbero Badaró, crítico do governo, teria sido ordenado pelo império, trouxe ainda mais revolta ao povo.

O episódio conhecido como a Noite das Garrafadas, demonstra claramente o desafeto a D. Pedro I, que nessa ocasião teve garrafas e cacos de vidro lançada o sobre si, num ato de protesto.

Vencido pelos protestos em consequência da sua perda de popularidade, D. Pedro I abdica do trono em favor do seu herdeiro – D. Pedro II, que na altura não podia governar pois se tratava de uma criança com apenas 5 anos de idade. A solução era formar uma Regência até que D. Pedro II atingisse a maioridade. O período que intermeia o Primeiro e o Segundo Reinado – governo de D. Pedro II, é chamado Período Regencial.


EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

01. (ESA)  O mais importante movimento sedicioso acontecido no Primeiro Reinado foi:

a) a Guerra da Cisplatina. 
b) a Cabanagem.
c) a Confederação do Equador. 
d) a Revolução do Porto.
e) a Guerra dos Mascates.

02. Por meio da Constituição de 1824, foi instituído o Poder Moderador. Entre as características desse poder, estava:

a) nomear apenas os membros do Poder Judiciário.
b) nomear e destituir os ministros do Poder Executivo.
c) não interferir na composição e na dissolução da Câmara dos Deputados.
d) garantir toda autonomia aos três poderes.
e) não interferir em nenhuma das esferas legislativas do poder.

03. No começo do primeiro reinado brasileiro, o principal objetivo de D.Pedro I foi:

a) Aumentar o trabalho escravo
b) Explorar ouro e minerais
c) Tomar as reservas dos índios
d) Escravizar os índios
e) Consolidar a independência no país

04. Um dos participantes da insurgência no Nordeste Brasileiro conhecida como Confederação do Equador era Frei Caneca. Caneca criticou o Poder Moderador utilizado por D. Pedro I e outorgado pela Constituição de 1824. A sua crítica remetia à relação do referido poder com as ideias de uma pensador francês, que era:

a) Cardeal Richelieu
b) Voltaire
c) Barão de Holbach
d) Benjamin Constant
e) Jean-Jacques Rousseau

05. A primeira constituição brasileira de 1824 estabelece, EXCETO:

a) governo monárquico e hereditário.
b) unitarismo como forma de Estado.
c) voto censitário e a descoberto (não secreto).
d) liberalismo econômico mantendo a escravidão.
e) amplas restrições aos poderes do imperador.

06. São fatores que levaram os E.U.A. a reconhecerem a independência do Brasil em 1824:

a) Doutrina Monroe (América para os americanos) e os fortes interesses econômicos emergentes nos E.U.A. .
b) A aliança dos capitais ingleses e americanos interessados em explorar o mercado brasileiro e a crescente expansão do mercado da borracha.
c) A indenização de 2 milhões de libras pagos pelo Brasil ao governo americano e a Doutrina Truman.
d) A subordinação econômica à Inglaterra e o interesse de aliar-se ao governo constitucional de D. João VI.
e) A identificação com a forma de governo adotada no Brasil e interesses coloniais comuns.

07. A Confederação do Equador, em 1824, se caracterizou como um movimento de

a) emancipação política de Portugal.
b) oposição à Abertura dos Portos.
c) garantia à política inglesa.
d) apoio aos atos do imperador.
e) reação à política imperial.

08.  O ano de 1824 assinala uma grande revolução – Confederação do Equador, ocorrida na província de: 

a) Minas Gerais   
b) São Paulo 
c) Pernambuco 
d) Alagoas
e) Bahia

09. No início do governo imperial de D. Pedro I, houve a Revolução da Cisplatina que culminou com a independência:

a) da Bolívia 
b) do Paraguai 
c) da Argentina 
d) do Uruguai 
e) do Equador

10. A "Noite da Agonia" teve relação imediata com: 

a) a dissolução da Assembléia Constituinte. 
b) a  Guerra da Cisplatina 
c) a  morte de Libero Badaró em São Paulo. 
d) a luta entre brasileiros e portugueses, logo após a volta de D. Pedro I de Minas Gerais. 
e) a abdicação de D. Pedro I


 ➥ RESPOSTA: 
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Fontes:
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_reinado (acesso em 08/03/18 às 01:04h)
https://www.infoescola.com/historia/primeiro-reinado/ (acesso em 10/03/18 às 00:14h)
https://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/primeiro-reinado.htm (acesso em 10/03/18 às 00:30)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_moderador (acesso em 10/03/18 às 00:40h)
https://www.todamateria.com.br/primeiro-reinado/  (acesso em 10/03/18 às 00:50h)

4 comentários:

  1. Cadê o gabarito , nao consigo visualizar !

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    3. Gabriel conseguiu passar na ESA?

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