Leia o trecho a seguir, escrito por Schwarcz e Starling (2018, p. 172), reflita sobre o contexto da história brasileira ao qual faz referência e responda à questão.
“No dia seguinte à sua chegada, a família real – com exceção de d. Maria I, que se encontrava por demais “adoentada dos nervos” – e os nobres desceram em terra firme, enfrentando o sol escaldante do verão tropical. Reações surgiram imediatamente, e de todo lado. À população local, parecia estranha aquela comitiva feita de nobres e reis, vestidos de maneira mais apropriada para o inverno europeu, o qual se avizinhava quando deixaram Lisboa. Já a corte deve ter estranhado as ruas de Salvador, estreitas, sujas e mal calçadas, apinhadas de gente que vendia de tudo: frutas, salsichas, chouriços, peixe frito, azeite e doces. Cães, porcos e aves domésticas se espalhavam pelos cantos. Como a sarjeta corria no meio da rua, os detritos eram ali atirados – vindos das lojas e residências, servindo de alimento aos animais.”
A primeira medida régia assinada por D. João na nova sede do Império lusitano foi:
a) Tratado de Comércio e Navegação.
b) Licença para que fosse criada a Escola de Cirurgia em Salvador.
c) Carta de abertura dos portos brasileiros às nações amigas.
d) Criação de uma Impressão Régia.
e) Proibição do tráfico de escravos.
A abertura dos portos no Brasil ocorreu logo após a chegada da família real portuguesa, em 1808, e promoveu a comercialização de produtos estrangeiros em terras brasileiras.
Desde o início da colonização, em 1500, havia o Pacto Colonial, ou seja, o Brasil só podia comercializar com Portugal.
A abertura dos portos rompeu esse exclusivismo português sobre o comércio brasileiro, promovendo a entrada de outros produtos em nosso mercado, como os produtos industrializados fabricados na Inglaterra. Essa ação teve consequência direta no processo de independência do Brasil.
A transferência do Estado Português para o Brasil foi fundamental para que nosso país pudesse encaminhar seu processo de emancipação política. O primeiro passo nesse sentido foi dado poucos dias após o desembarque de D. João na Bahia (de onde depois se transferiria para o Rio de Janeiro). Trata-se do decreto (na época denominado carta-régia) de abertura dos portos brasileiros ―a todas as nações amigas – que na ocasião se resumiam à Inglaterra, já que até os Estados Unidos mantinham relações preferenciais com a França Napoleônica.
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