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Sobre os Cursos de Formação e Graduação de Sargentos da ESA

Os Cursos de Formação e Graduação de Sargentos (CFGS) são realizados em aproximadamente 24 (vinte e quatro) meses. O primeiro ano do CFGS é desenvolvido em uma das 13 (treze) Unidades Escolares Tecnológicas do Exército (UETEs), espalhadas pelo território nacional. O segundo ano de formação será realizado na Escola de Sargentos das Armas (ESA), Escola de Sargentos de Logística (EsLog) ou no Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx) de acordo com a especialidade escolhida.

(CURSO POSITIVO) - QUESTÃO

O texto seguinte também é de natureza poética. Nele, qual a função secundária da linguagem?

Lutar com as palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.

(Carlos Drummond de Andrade)

a) Função emotiva. 
b) Função conativa.
c) Função referencial. 
d) Função metalinguística.
e) Função fática.



O texto fala  da linguagem e de nossa relação com ela.


AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM 

Num ato de comunicação, estão sempre presentes seis elementos, que, no caso da comunicação linguística, são os seguintes: 

1. emissor: quem se comunica, isto é, quem emite a mensagem, falando ou escrevendo (o eu da comunicação); 

2. receptor: quem recebe a mensagem, isto é, o ouvinte ou leitor (o tu ou você da comunicação); 

3. mensagem: o texto, falado ou escrito, que o emissor envia ao receptor; 

4. referência ou referente: aquilo a que a mensagem se refere (o ele/ela/aquilo da comunicação); 

5. código: língua na qual a mensagem é elaborada; 

6. canal: meio de transmissão da mensagem (vibrações no ar, papel e tinta, telefone...). 

Numa dada comunicação, a função da linguagem é determinada pela importância relativa de cada um desses elementos. Dependendo do elemento que ocupe o papel central, temos uma ou outra das seguintes funções da linguagem: 

1. função EMOTIVA: o emissor ocupa o centro da comunicação, pois a mensagem se refere ao próprio emissor, ao eu que se manifesta, exprimindo seus sentimentos e emoções. O exemplo mínimo de função emotiva é uma interjeição (ah! ui!), palavra que pura e simplesmente denota emoção; outros exemplos: cartas de amor, lamentos; 

2. função CONATIVA ou imperativa: o receptor é o foco da comunicação, pois a mensagem visa a convencê-lo, influenciá-lo, determinar o seu comportamento. Os exemplos mínimos desta função são o imperativo, forma verbal que exprime ordem ou exortação, e o vocativo, que é um apelo ou chamamento ao receptor; outros exemplos são ordens e conclamações de qualquer tipo, propaganda etc.; 

3. função POÉTICA, estética ou artística: a própria mensagem (o texto) ocupa o centro da comunicação, pois ela é organizada para produzir um efeito estético, isto é, artístico. Neste caso, o elemento decisivo é a organização das palavras, voltada para uma estruturação excelente do texto. Assim, ao preferir dar a sua filha o nome Ana Paula em vez de Paula Ana, o pai está escolhendo o texto (o nome) que soa melhor, que produz melhor efeito estético, ou seja, que é mais belo. 

4. função REFERENCIAL: o centro da comunicação é o referente, a mensagem é voltada para a referência ao mundo, como ocorre em notícias de jornal ou quaisquer textos informativos a respeito da realidade exterior à comunicação; 

5. função METALINGUÍSTICA: a linguagem se volta sobre a própria linguagem, seja por se referir ao código, isto é, à língua em que a mensagem é elaborada (como numa gramática ou dicionário), seja por se referir a si mesma ou a outras mensagens, tomadas em seus aspectos linguísticos (como nos estudos sobre literatura e arte); 

6. função FÁTICA: a mensagem se refere ao canal que a transmite. Por exemplo, quando dizemos alô ao telefone, o que comunicamos é que o canal (o sistema telefônico) está conectado. Quando perguntamos Como vai? a alguém que acabamos de encontrar, o que desejamos é iniciar o contato com a pessoa (ligar o canal), não propriamente saber de sua vida. 

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