(UFRR) - QUESTÃO

A propósito dos primórdios da Literatura Brasileira, Alfredo Bosi diz que:
Os primeiros escritos da nossa vida documentam precisamente a instauração do processo: são informações que viajantes e missionários europeus colheram sobre a natureza do homem brasileiro. Enquanto informação, não pertencem à categoria do literário, mas à pura crônica histórica e, por isso, há quem as omita por escrúpulo estético (José Veríssimo, por exemplo, na sua História da Literatura Brasileira). No entanto, a pré-história das nossas letras interessa como reflexo da visão do mundo e da linguagem que nos legaram os primeiros observadores do país.
BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. 47.ed. São Paulo: Cultrix, 2006

São exemplos de textos de informação de que o autor fala acima:
 Carta, de Pero Vaz de Caminha; Sermão da Sexagésima, de Pe. Antonio Vieira; Caramuru, de Frei José de Santa Rita Durão.
 Diário de Navegação, de Pero Lopes de Sousa; Canção do Exílio, de Gonçalves Dias; As Joias da Coroa, de Raul Pompéia.
 Carta, de Pero Vaz de Caminha; Caramuru, de Frei José de Santa Rita Durão; Os Índios do Jaguaribe, de Franklin Távora.
 Diálogo sobre a conversão do gentio, do Pe. Manuel da Nóbrega; Sermão da Sexagésima, de Pe. Antonio Vieira; Canção do Exílio, de Gonçalves Dias.
 Diálogo sobre a conversão do gentio, de Pe. Manuel da Nóbrega; Carta, de Pero Vaz de Caminha; Diário de Navegação, de Pero Lopes de Sousa.


O Quinhentismo ocorreu durante a colonização brasileira, ou seja, chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500. Não é considerado uma escola literária, mas um movimento que reuniu textos importantes sobre a época. 

Nos cem primeiros anos de colonização da América portuguesa, os textos escritos prestaram-se a dois propósitos: catequizar os índios e informar o povo português sobre as riquezas e peculiaridades do Brasil. Produziam-se, então, a literatura jesuítica (ou catequética) e a literatura de informação. 

Criada para orientar os que desejavam se informar sobre o solo, o povo, o clima e as possíveis riquezas brasileiras, a literatura de informação visava especialmente aos que pretendiam para cá se dirigir. Baseava-se em crônicas de viagem, epístolas (cartas) e documentos históricos.

Já a literatura dos jesuítas prestava-se apenas aos interesses da Companhia de Jesus, que, por meio dela, buscava evangelizar os índios que aqui viviam ("gentios"), apresentando-lhes de forma doutrinária os princípios do cristianismo.

SARAIVA S.A. - Livreiros Editores, São Paulo, 2013.
Material originalmente publicado por Ético Sistema de Ensino. Pág 18.

Analisando às alternativas temos:

a) Incorreto. Sermão da Sexagésima, de Pe. Antonio Vieira, é do Barroco. Caramuru, de Frei José de Santa Rita Durão, é do Arcadismo.
b) Incorreto. Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, é do Romantismo. As Joias da Coroa, de Raul Pompéia, possui traços do Realismo e do Naturalismo.
c) Incorreto. Caramuru, de Frei José de Santa Rita Durão, é do Arcadismo. Os Índios do Jaguaribe, de Franklin Távora, é do Romantismo.
d) Incorreto. Sermão da Sexagésima, de Pe. Antonio Vieira, é do Barroco. Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, é do Romantismo.
e) correto - Diálogo sobre a conversão do gentio, de Pe. Manuel da Nóbrega; Carta, de Pero Vaz de Caminha; Diário de Navegação, de Pero Lopes de Sousa - são textos de informação produzidos durante o Quinhentismo. 

Um comentário:

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